Planejamento Turístico

A finalidade do planejamento é projetar estratégias para identificar problemas e estabelecer planos de ação. Por meio do planejamento é possível selecionar tarefas, acompanhar o progresso das metas, organizar as prioridades, identificar os imprevistos e, consequentemente, facilitar a tomada de decisões para o alcance dos objetivos e metas propostos.

No turismo, o planejamento é indispensável, pois é por meio dele que as atividades serão organizadas para a melhoria dos produtos e serviços turísticos fornecidos. Necessariamente, esse processo deve ser estabelecido e aplicado continuamente, porque a cada nova informação, os tomadores de decisão podem antecipar as ações que irão ocorrer em um momento futuro.

Sendo assim, é necessário levar em consideração as etapas do planejamento para que o monitoramento ocorra adequadamente. Nesse contexto, Ignarra (2013) sinaliza algumas etapas que podem ser observadas nos seguintes tópicos:

1. Elaborar o diagnóstico – conhecer a localidade e o seu entorno, analisar a demanda e a oferta turística existente, fazer levantamento de dados e realizar o inventário;
2. Elaborar o prognóstico – nessa etapa é necessário elaborar cenários futuros sobre o que se espera para aquela localidade;
3. Estabelecer objetivos e metas – traçar os objetivos que se pretende atingir e que metas serão alcançadas;
4. Definir as estratégias – estabelecer as formas para se atingir os objetos e metas que podem ser através de programas, projetos ou atividades;
5. Elaborar e implantar o plano – um plano deve ser elaborado por uma equipe multidisciplinar, para posterior implantação; e
6. Acompanhar os resultados – verificar se o que está previsto no plano, também está sendo executado e, caso haja imprevistos, devem ser corrigidos.

Ao refletir na qualidade da atividade turística ofertada, é primordial pôr em prática princípios éticos necessários ao planejamento turístico. Neste caso, minimizar a degradação dos recursos naturais e dos locais nos quais a atividade é realizada e capacitar os atores envolvidos nos serviços para atividade turística. Bem como, propor aos órgãos planejadores do turismo, tanto para o setor público como para a iniciativa privada, a implementação de equipamentos e serviços turísticos que prezem a sustentabilidade social, ambiental, econômica e cultural do destino turístico.

De modo geral, o planejamento das atividades turísticas deve incluir os diferentes atores socias, sem descuidar da comunidade, pois as inter-relações desses indivíduos podem ajudar a entender os fatores positivos e negativos desencadeados pelo fenômeno turístico que perpassa, segundo Barreto (2009), tanto pelas expectativas, desejos, satisfações e frustrações das populações anfitriãs, quanto pelos turistas, além da diversidade de interesses e das necessidades sociais da população local, fatores que coadunam para o planejamento de um turismo responsável.

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Enfatiza-se que o planejamento das atividades turísticas deve ser realizado em aspectos transversais, respeitando as múltiplas características intrínsecas ao fenômeno do turismo e suas inter-relações. Portanto, ao considerar que o planejamento é um elemento indispensável neste processo, é fundamental observar as particularidades de cada localidade, o que requer um planejamento diferenciado no uso e organização do espaço geográfico, e assim oferecer condições adequadas ao desenvolvimento da atividade com infraestruturas necessárias aos residentes e não residentes, e principalmente para oportunizar a participação da comunidade receptora. Haja vista que o desenvolvimento do turismo é caracterizado por uma relação que evolui com fortes imbricações espaciais, em razão dos diferentes atores que fazem parte deste processo, e por isso ele deve ser planejado e compreendido como uma teia de ações e interações.

Referências:

BARRETTO, M. Planejamento responsável do turismo. Campinas, SP: Papirus Editora, 2009.

IGNARRA, L. R. Fundamentos do Turismo. 3 ed. Rio de Janeiro: SENAC C, 2013.

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