A globalização tem provocado inúmeras mudanças relacionadas à estrutura social, econômica, política, cultural e tecnológica, e tais instabilidades alteram o ecossistema dos negócios com profundidade. Face a isso, surge a necessidade de operar os negócios em redes de cooperação, pois, na perspectiva de redes, é possível obter melhores resultados a partir das conexões entre os indivíduos que integram cada rede. Haja vista que as redes são sistemas organizacionais capazes de reunir indivíduos e instituições de forma democrática e participativa em torno de objetivos e/ou temáticas comuns (OLIVIERI, 2003).
Trabalhar em redes viabiliza estruturar e executar projetos de interesse por meio de vínculos de cooperação entre os parceiros. Esse encadeamento gera interdependência, inovação colaborativa, construção e assimilação coletiva de conhecimento, espaço e recurso comum (Peborgh, 2013).
Ao considerar que o turismo é um fenômeno que abrange diversos enfoques no âmbito social, econômico, institucional, político e cultural, operar em redes de cooperação nas atividades de turismo possibilita diferentes vantagens que incluem especialização de serviços, melhoria na infraestrutura e eficiência coletiva.
Tendo em vista que o setor turístico é formado por diversos tipos de atores, e essa formação ocasiona interdependência para o desenvolvimento das atividades pertinentes ao setor. Desse modo, a rede de cooperação no turismo permite que representantes de órgãos públicos, iniciativa privada e outras instituições afins estabeleçam vínculos de cooperação e comprometimento para o planejamento, acompanhamento, avaliação e a gestão das atividades turísticas.
Assim, a cooperação no turismo é capaz de gerar diferentes benefícios, dentre os quais:
- Os resultados geram um reforço positivo mútuo;
- Grupos ou indivíduos trabalham em conjunto para atingir um objetivo comum;
- O sucesso de uns fomenta o sucesso de outros;
- O processo cooperativo contribui no desenvolvimento local;
- Desenvolvimento socioeconômico; e
- Equidade.
As redes de cooperação atuam em diferentes frentes e, como exemplo no turismo, sinalizamos: os clusters turísticos, sistemas produtivos locais, arranjos de base comunitária, trade turístico, os Observatórios de Turismo, entre outros. Portanto, compreende-se que as redes de cooperação impulsionam o processo de inovação em turismo e geram interações recíprocas entre as pessoas e o meio.
Referências:
OLIVIERI, L. A importância histórico-social das Redes. Rede de Informações para o Terceiro Setor, 2003.
VAN PEBORGH, E. Redes: o despertar da consciência planetária. DVS Editora, 2013.
Como citar esta página:
SILVA-MELO, M. R. Redes de Cooperação no Turismo Ecodidática, Campo Grande, 05 de abril de 2021. Disponível em: https://ecodidatica.com.br/redes-de-cooperacao-no-turismo/. Acesso em: dd. mm. aaaa.
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